Prefácio
A mescla dos humanos incisivos é um livro que traduz a nudez
dos pensamentos
e sentimentos conflituosos, em relação não só a sociedade,
mas do mundo em geral.
Transformando a poesia vívida, em metáforas abertas ao
diálogo e ao mesmo
Tempo quebrando a dureza das situações, em que encontram se
as pessoas no universo.
Índice
01: No cativeiro do meu eu 21: Não consigo
02: Condicionados estamos 22: Vistas para o mar
03: A cobiça dos corruptos 23: Selva de Pedra
04: Os patriarcas as matriarcas 24: Viajando
no tempo
05: Medo 25:
Cidade decadente
06: Adianta o seu pensar?
26: Quando as luzes se apagarem
07: Mortal vazio 27: Gritos são atípicos
08: Não chore 28: Eu não
sei o que pensar
9: Capitalismo para que? 29: Não cala
10: Sexo para humanos como válvula de escape 30: Eles
11: Como os meus deuses eu sonho 31: O
silêncio do homem
12: A fonte 32:
O onze de setembro
13: Longitude 33: A arte não tem preço
14: A mulher oposta 34: Os religiosos e suas conquistas
15: Fluxo 35:
A medicina dos leigos
16: As crianças indomáveis 36: Os
papa anjos da internet
17: Flores 37:
O sino
18: O sol
nascente 38:
Violência urbana
19: Água 39:
Nos pilares da hierarquia
20: Os seus sonhos modernos levitam 40: Mundo
meu
..
.41: Cogitando em me deixar
01
No
cativeiro do meu eu
Estou amordaçada nesse mundo
Que pertence apenas a mim,
Sem começo meio ou fim.
Demasiadamente solitário mais fluente Diferente.
Agora nesse momento ele é criativo Perspicaz, apaixonante
como a lua.
02
Condicionados estamos
Condicionados estamos a ver o que não queremos
A sentir o que não sentimos.
A reviravolta do momento, sensacionalismo presente.
E tudo tão fluente nesse mundo tão carente.
a cobiça dos corruptos
quando se deparam com o poder
enxergam estrelas
os seus desejos são ilusórios e surreais,
cães sempre apostos a proteger seus interesses...
sarcásticos e medíocres subestimam o povo,
através da sua cobiça insaciável traduzem no coração
a crueldade de nunca pensar no povo.
guerra aos ladrões de colarinho
marginais disfarçados de cidadãos
devolvam a nós a sociedade,
que tanto almejamos com a verdadeira democracia
e liberdade de opinião se não, jamais haverá perdão .
04
Os patriarcas as matriarcas
Na família estão a acomodar seus filhos por onde quer que
vão...
Mas será que eles têm razão de produzir uma cópia de si
mesmo?
Esse conflito é pessoal e imaturo rebelde como eu sincero
como as crianças.
05
medo
chegou tremi, me olhou parei, chorei e me escondi.
atrás de mim das minhas vontades à caminho do meu tempo.
cavaleiro sem lança guerreiro na batalha simultânea do olhar
em seu mundo ancestral.
06
Adianta
o seu pensar?
Passo a frente sempre, é tão natural ser assim.
Subitamente inovador cauteloso mais também, celebre
Com o seu pensar.
O que sou o que és?
Apenas dois seres adversos na estrada da vida...
07
Mortal
vazio
O universo tão grande e você tão perdido.
Flores luzes, Humanos categoricamente insensatos.
Esse mortal vazio aonde não cabem palavras frias nem sonhos
perdidos,
Apenas o que vivi Como forma de vagar.
08
Não
chore
Para que chorar nas entrelinhas da vida
As surpresas do dia a dia?
Eu saí dessa, já experimentei o caos,
A lepra dos impiedosos a injúria dos desumanos.
As lágrimas secaram e só restou a dor...
09
Capitalismo
para que?
Compras o amor?
Compras o perdão?
Compras as doenças?
Compras a solidão?
Trazes a harmonia?
Equilibra a natureza e enlouquece o homem?
Divide o pão, captas os valores?
Enobrece os sentimentos?
Traz a guerra, aguça os conflitos?
E jamais trará a paz...
10
Sexo
para os humanos como válvula de escape
Quanta textura tem a sua pele?
Nasceu com curvas estonteantes e olhos brilhantes.
A carne provoca um êxtase inexplicável
A dopamina acalma o corpo
Sexo, essa válvula de escape usada pelos humanos
Sádicos, incompletos e vulneráveis.
11
Como os
meus deuses eu sonho
Em uma vida mais digna para a sociedade,
Com um mundo menos veloz e mais observador.
Mais sonhador...
Nos cataclismos emocionais,
O único sentimento evidente que eu sigo é o amor.
Ponderadamente ameno lúdico verdadeiro.
12
A fonte
Bebam da água da vida para saciar seus anseios
E se perderem em seus medos.
13
Longitude
Mas como pode ser
Supérfluo ter um coração livre.
Uma alma complacente deliberadamente volúvel, inconstante
Peça aos céus a sua liberdade ela será incondicional.
14
A mulher
oposta
Essa força tão sua tão particular quebrantando
O seu coração como fel que amarga suas idéias
Tudo tão oposto a sua postura, seremos valentes indolor
Essa mulher oposta a tudo a sua imagem feminina.
15
Fluxo
Carros, menstruação, multidão;
Aonde vai parar tanta confusão?
Humanos falíveis desencorajados
O caos e o medo na terra dos celebres.
16
As
crianças indomáveis
Já que nasceram sejam livres na mais natural forma de ser,
Belas como as flores tão puras como o ar das montanhas.
Meninos meninas crianças indomáveis cautelosamente felizes.
17
FLORES
Perfeitas belas e coloridas
Doadas para alguém significando o amor.
Flores do bem, flores do mau
Cada ocasião uma sensação.
Na origem da terra nos olhos dos amantes
18
Sol
nascente
Dias ensolarados lindos chamando para vida.
Luzes do universo comedido, inexplicável, misterioso e
formoso...
Quando tu nasces me alegro por alguns momentos
Tamanha a sua beleza absoluta
Terra, privilegiada por te ter sol nascente.
19
Água
Cristalina e doce
Água o tempero da vida a limpeza do espelho da vida
Natural e solta livre e corrente terra planeta da vida e
biodiversidade
Latente e covarde o homem enobrece o que não tem valor.
20
Os seus
sonhos modernos levitam
Indiscutivelmente somos navegadores do tempo perdido
Os nossos sentimentos subitamente se perderam com o passar
dos acontecimentos
Queres tudo e muito mais além do que podes sonhar.
21
Não Consigo
Não consigo pensar em
nada mais além da solidão.
Em momentos de fúria,
ela e minha fiel escudeira.
Preferida dos feridos,
enaltecida pelos amantes,
Cativantes da noite
perdida, mortais flagelados do amor
Cegos sem perdão.
22
Vistas para o mar
Aquela sua gravidade as
águas noturnas e o céu estrelado.
Único ponderadamente
meu,
O mar me chama e eu vou
sem medo, sem roupas
Sentindo a força de
tudo da vida.
23
Selva de Pedra
Grandes cidades
explosivamente cheias.
Categoricamente todo
mundo vivendo em um mundo cão.
Para brilhar como o sol
Para morrer a cada
segundo, na esfera dessa vida tão turbulenta.
24
Viajando no tempo
A era dos das perdas
E valores estagnados
Religiosamente perdidos
sufocados
Pela a modernidade aqui
agora na hora.
25
Cidade decadente
O lugar dos bêbados
drogados enfurecidos, das prostitutas
Dos traficantes, dos
políticos corruptos, do lixo do luxo dos ricos e pobres.
Das mães dos Pais das
crianças sem crenças e velhos jogados.
A ilha dos amantes, no
véu do seu céu incandescente cidade decadente.
Na forma mais
incompleta ainda assim traduz o amor.
26
Quando as luzes se apagarem
As vísceras do meu
corpo.
Já não se movem e nesse
jubilo defino o meu ser.
Agora você tem meu
sangue intoxicado, vermelho impuro.
Mais um coração livre
aberto como um leque...
Só para ti nas camadas
da vida em que passei
Torrenciei momentos
nítidos
Do que seria viver
E o céu?
E o inferno?
Frio como os teus pés
Quente como o meu
coração.
Gotinhas de amor doadas aos poucos
Para um coração tão
grande.
De emoções e sonhos.
Ainda tenho um pouco de
vida em minhas mãos, E essa faço questão de doar a quem
mereça
27
Gritos são atípicos
Na rua em qualquer
lugar os rostos fechados,
Cobertos de tensão.
Não cabe a mim ser tão observadora assim.
Mas todos têm algo a
dizer
A falar a murmurar
Aqui ali em qualquer
lugar.
28
Eu não sei o que pensar
As crianças lá naquele
lugar a mercê do nada.
Jogados como bola, na
fétida rua dos sem tetos.
Seres humanos sofrendo
Famintos por uma vida
melhor capazes
De sobreviver ao
descaso.
29
Não cala
Leva o meu prazer em
notas musicais.
Traz-me um som sereno
Cabível aos meus
ouvidos.
Nas manhãs de outono
Tão
tórridas e férteis como o amor.
30
ELES
Ainda existe
vestígios de guerra no ar.
Os lideres homens sem
escrúpulos,
Vestidos e dominados
pelo poder.
Vão desapareceram na fumaça negra
Da própria guerra
forjada.
31
O Silêncio do homem
Como é imaturo dizer o
que sucumbe o seu prazer
Com traços marcantes e
tão vibrantes.
Siga capitão do mundo
devasso.
As largas ruas te
esperam para todas as moças
Te ver passar não se
prenda ao amor.
Ele é um sentimento
devastador natural mortal.
32
o onze de setembro
aos covardes lideres
que se escondem em buracos.
depois de provocarem a
guerra, a sordidez dos seus
seguidores, o mundo em
alerta em prol da vingança
injusto seria julgar o
que não tem sentença.
o mal vence o medo, o
medo vence a morte
e uma flor renasce dos
escombros.
não se enganem estamos
na era das cavernas
estamos ilhados pelo o
medo.
suspirando por
conhecimentos reais
fechados em grutas
aguardando as estações
guiados pela a ajuda
dos céus
temendo a volta do rei.
33
a arte não tem preço
a arte não tem preço
pela a sua verdade,
espontaneidade, a
coragem em ser artista
é mais que ser humano e
ultrapassar as
barreiras da incógnita
não importa a arte
é assim e tem que ser
livre para executá-la
aos simples mortais só
resta o respeito
a essas mentes
pensantes.
34
os religiosos e suas conquistas
ao se falar em deus
paramos para pensar
na vida, é natural ser
assim temeroso
ao surreal, nas camadas
da sociedade
os grandes templos
erguidos para um
trabalho espiritual, á
procura de respostas
almejando a paz, os
humanos e os medos.
seus mistérios a vida
como um todo
as
religiões e suas observações.
35
a medicina dos leigos
um tiro na cabeça a
espera de solução
no hospital da vida a
sociedade vive uma alusão
o doente esperando sua
vez como tudo que se desfaz
na ocasião um vidro de
analgésico a remediar sua dor
com todo o seu temor.
36
os papa anjos da internet
seres com sérias
rupturas emocionais
bichos enjaulados no
seu mundo cão.
malditos sem perdão.
na terra de Obama
prisão perpétua
nem choro nem vela
apenas a cela.
a dor das mães sofridas
por ver seus filhos
bulinados
por esses seres
incapazes
de viver em sociedade
odiados
por todos.
37
o sino
Dim dom
o sino da igreja me
acorda
para um novo dia
pra viver a revelia ou
alcançar
um novo dia, o brilho
dos meus olhos
é como sol no raia do
dia.
38
quanto vale uma vida
hoje
um notebook ou uma cédula
violência urbana o caos
da sociedade os ladrões
sofisticados com suas
escopetas a punho
o retrocesso nas leis
que os protegem dos
grandes golpes
nas cidades, a
população
a mercê do a caso no
lixo no luxo.
39
nos pilares da hierarquia humana
como não ofender a quem
não faz questão de ouvir?
porque sabe mais?
porque viveu mais?
não atropelei o tempo,
ele vem seguido do vento
em qualquer momento.
não subestimei os
fracos não afrontei os ricos
apenas; coloquei-me na
posição dos pensantes.
desbravando meus
próprios caminhos
na hierarquia dos
humanos, quem chega
depois perde a vez.
quem sabe nasci nos
séculos passados
aonde a poesia imperava
entre a plebe
na mais suprema corte.
a arte livre sucumbia
as mentes
dilacerando os desejos
mais complexos
aonde tudo tinha nexo.
na mais suprema corte.
a arte livre sucumbia
as mentes
dilacerando os desejos
mais complexos
aonde tudo
tinha nexo.
40
Mundo meu
Eu sei que não posso
mudar o mundo
Porque ele anda e
desanda na corda bamba,
Porque acredito em
valores surreais.
Porque nasci na época
do Woodstock,
Acompanhei os grandes
noticiários
Com a família na sala.
Fiz amor aos dezessete
sexo aos vinte e sete.
Transferi os sonhos com
sabedoria de gente grande.
Despi-me para o mundo
libertando meus instintos de mulher
Andei a pé, atravessei
as BRS como os BEATS
a cultuar estrelas
fazendo amor com a lua
toda nua.
41
cogitando em me deixar
ó meu rei, com meus
manuscritos explorei a essência
das palavras para trazer
de volta a magia do seu olhar
levemente avassaladora
presa na cadeia do seu coração...
enalteci o seu perdão para
que nada seja em vão.
não dilacere o meu
coração cogitando em me deixar.
levemente louca,
livremente sua, corajosamente
incapacitada e a mercê
do meu súdito.
morta e ensanguentada
de amor por você.
na linha da vida, no
coração do mundo
na ânsia de adormecer
nos teus
braços para nunca acordar .
Cida Carvalho